sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Bicicleta roubada: SCOTT SCALE 70

Boas...

Hoje, durante a noite o meu quintal foi assaltado e levaram a minha "menina"...

Trata-se de uma SCOTT SCALE 70 de cor preta e as letras da marca em amarelo.
A supensão é a ar.
Têm pneus "larsen TT" de 1, 90.

scott scale 70 2006

Agradeço imenso qualquer informação do seu paradeiro.

domingo, 20 de junho de 2010

Bicicleta de Todo o Terreno (BTT) e a natureza

O comportamento pouco cívico de alguns utilizadores de bicicleta de todo o terreno e como de certo modo a BTT quase se tornou demasiado popular nalguns países Europeus e em muitas regiões dos Estados Unidos, os utilizadores de BTT tiveram de acatar limitações à sua liberdade após se ter chegado à conclusão de que o excesso de bicicletas pelas matas poderia provocar danos ambientais.
Como resultado disto, houve proibição de circular em alguns Parques e Florestas. Recentemente foi interdita a passagem de cicloturistas em determinadas zonas da Serra de Sintra, porque o ICN (Instituto de Conservação da Natureza) juntamente com a Câmara Municicpal de Cascais fecharam alguns dos trilhos existentes.
Várias congéneres europeias elaboraram códigos para os cicloturistas utilizadores de BTT que se assemelham a estas regras:

1º - Ceder a passagem aos turistas não motorizados;
2º - Abrandar ao aproximar-se de turistas equestres ou pedestres, passá-los com precaução;
3º - Reduzir a velocidade nas passagens sem visibilidade;
4º - Tomar sempre em consideração a experiência já adquirida: se pouca, média ou bastante.
5º - Passar distante dos animais selvagens e não assustar os animais domésticos;
6º - Nunca deitar lixo para o chão, recolhê-lo num saco até ao próximo recipiente;
7º - Respeitar a propriedade privada; não entrar sem autorização; não destruir as delimitações e repor as barreiras depois da sua passagem;
8º - Aprender a viajar em autonomia absoluta; preparar o itinerário e prever o seu reabastecimento; saber reparar a bicicleta;
9º - Nunca sair sozinho para um percurso longo e indicar o itinerário aos que ficam.
10º - Saber, em qualquer ocasião, manter-se discreto, modesto e, sobretudo, amável.
11º - Quando em grupo, o número de praticantes não deverá em caso algum exceder o total de dez, devendo manter intervalos do mínimo de cinco minutos entre a passagem dos grupos.
12º -Minimizar todo o tipo de impacte ambiental:
- Escolher os trilhos de maneira a não estragar a vegetação ou o solo.
- Alguns exemplos: A chuva ou neve transformam um trilho em lama. A maneira mais fácil seria atravessá-lo, transformando-o num grande buraco no entanto deverá desmontar e passar cuidadosamente. Se uma árvore cai no nosso caminho, em vez de a contornar, criando assim um novo trilho, devemos desviá-la.
- Estas acções isoladas parecem pouco importantes, no entanto quando multiplicadas por todos, os efeitos podem ser nefastos.
- A prática do impacte ambiental mínimo é a filosofia do cicloturista / utilizador da bicicleta de todo o terreno.

Outras recomendações
- Usar sempre o capacete de protecção;
- Nunca perder de vista o companheiro que segue atrás;
- Saber sempre localizar-se no mapa

Cumpridos todos estes pontos o contacto do ciclista com a Natureza não será certamente prejudicial.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Demissão de Vice-Presidente da ACF

Caros Amigos e Sócios da ACF:

Quando aceitei integrar a equipa da actual Direcção, sabia que tal responsabilidade seria passageira. Pois bem, chegou o momento de sair da Direcção e tornar-me num sócio comum.

Gostaria muito de deixar a Direcção num momento menos complicado do que o actual, mas, infelizmente, nem tudo pode ser da forma que queremos. No entanto, tenho certeza que os tempos difíceis que temos vivido desde 2008 irão passar e que a ACF reencontrará a tranquilidade necessária para seguir, cumprindo sua missão que, sem dúvida, é de fundamental importância para todos.

Nos últimos dois anos fui completamente absorvido pelo trabalho na ACF. Foi impossível não me deixar seduzir pelos desafios que iam sendo propostos, pela relevância e, por que não, pela beleza do trabalho desenvolvido pela Associação. Nesse processo tive a felicidade de interagir com diversas entidades e colaboradores altamente motivados e dedicados, o que fazia com que o trabalho parece-se muito mais leve do que de facto era.

Não é uma tarefa fácil julgar o próprio trabalho, pois há sempre o risco de demandarmos mais do que, de facto, merecemos. Ainda assim, creio que as realizações na ACF nestes anos foram das mais importantes, superando, em muito, eventuais problemas e desacertos que possam ter ocorrido.

Nesse período observamos a consolidação do nosso desporto na região, e é inegável o papel da ACF neste processo. Além de se consolidar, as avaliações foram expandidas para além de seu objectivo tradicional de desporto ocasional sendo colocado como um dos pilares do desporto nacional. A definição de metas, tanto para a ACF, quanto para cada sócio em particular, com base no trabalho de muitos, tem sido apresentada como exemplo em fóruns nacionais e por entidades de relevo regional e nacional.

As estatísticas foram também aprimoradas. O acesso à nossa plataforma na Web têm vindo a crescer. No plano institucional a ACF conquistou uma demanda antiga de possuir uma identidade própria, um domínio próprio, além de contar com uma sede compatível para o seu trabalho.

Nesse percurso tivemos também nossos obstáculos. Problemas surgiram, falhas foram detectadas e enfrentadas. Aliás, é papel de qualquer gestão identificar e superar problemas. Isso é especialmente verdade numa entidade que apresente a expansão de actividades como a observada na ACF. Quando novas funções e actividades são incorporadas, processos que antes não davam mostras de fragilidades podem começar a dar sinais de saturação. Nesse sentido, a ACF, na medida em que expandiu suas actividades, passou por reestruturações com o objectivo de se adaptar às novas demandas.

Entretanto, nenhum problema por nós enfrentado neste último ano se compara, em termos de gravidade, com o descrédito de que fui alvo e da falta de respeito, quer pela minha pessoa, quer pelo trabalho por mim desenvolvido, de forma honrada e honesta.

Esta conjuntura fez com que a minha posição na Direcção tenha atingido uma situação intolerável, razão pela qual prefiro deixá-la imediatamente e evitar uma convivência nesta actual atmosfera de má vontade. Tenho certeza de que concordarão comigo que este é o melhor caminho.

Creio que todas as mudanças que me propus a fazer na ACF foram realizadas a contento. A plataforma Web foi refeita (tendo como base um site e um fórum credíveis, funcionais e fiáveis), a nova sede foi cedida, muitos trabalhos de reconstrução efectuados. Quase por ironia, os problemas com a minha pessoa começaram justamente na etapa de execução das obras, sob minha responsabilidade, delegada de forma lícita pelo Presidente da Direcção.

É preciso aprender com os sucessos e com os insucessos e, na minha opinião, o vazamento do interesse de alguns Sócios na reconstrução da nova sede e as consequências decorrentes apontam para a necessidade de se rever os processos de motivação dos sócios, formas de contratação de empresas para a obras a realizar. É preciso garantir uma aplicação eficiente, segura e, evidentemente, de acordo com a legislação vigente. Isto já vem sendo discutido e tenho certeza que os procedimentos evoluirão.

O facto é que o ambiente de trabalho na Direcção, após a não realização de algumas obras em Outubro, foi muito deteriorado. Era preciso refazer as linhas de orientação de forma segura e em tempo recorde, e ainda manter em andamento todos os demais eventos. Tudo isso sob muita pressão, pois as cobranças eram inevitáveis. Nesse quadro, a expectativa era que, após a realização das obras no início de Dezembro, o ambiente se acalmaria e a Direcção ganharia fôlego para aprofundar as reflexões acerca de todo esse processo, promovendo as reestruturações consideradas necessárias. Infelizmente, não foi isso que ocorreu.

O adiamento das obras trouxe como consequência uma elevada abstenção de todos nós nos trabalhos, as opiniões estavam mais distantes das propostas por mim apresentados e problemas localizados, inevitáveis num processo desta dimensão, foram criticados por alguns. Entretanto, houve problemas relativos à minha pessoa, desde fortes críticas destrutivas, intromissão na minha vida privada, e acusado de ser prejudicial à ACF. Na minha opinião, em grande parte pelo facto de algumas pessoas se sentirem intimidadas pelas minhas ideias e iniciativas que não se coadunavam com os seus projectos pessoais em torno dos quais não me revejo.

Assim sendo, ponderei junto do Presidente da Direcção da ACF minha saída da vice-presidência da Direcção seria oportuna. Um novo Vice-presidente poderia dirimir com menos dificuldade todos os problemas. Após longa conversa, definimos que a mudança ocorreria antes da Assembleia-geral.

É preciso enfatizar que meu afastamento é uma decisão amadurecida, com o único objectivo de preservar a ACF. E que dado o actual quadro, não posso dizer que saio feliz, mas saio tranquilo. Tranquilo por ter a certeza de que me dediquei ao máximo à ACF e ao nosso desporto. Procurei sempre o diálogo franco e cordial com todos, inclusive com aqueles que discordavam das políticas adoptadas pela Direcção. Nunca permiti que questões maliciosas conduzissem as acções da ACF e sempre enfatizei o carácter associativo da colectividade, estimulando a reflexão sobre aspectos mais conceptuais, referentes ao que deveríamos medir na sua estrutura.

Tormentas não duram para sempre e tenho certeza que em breve a ACF estará a navegar em águas mais calmas, podendo realizar com dignidade e competência sua importante missão. Afinal, a ACF é muito maior que este triste episódio.

Por fim, gostaria de expressar minha gratidão pelo apoio com o qual sempre contei, e dizer que tenho muito orgulho de ter trabalhado com todos.


Um grande Abraço a todos e espero de os ver na próxima AG.

Vitalino Gomes